A Graça da Generosidade
Todavia, assim como vocês se destacam em tudo: na fé, na palavra, no conhecimento, na dedicação completa e no amor que vocês têm por nós, destaquem-se também neste privilégio de contribuir. 2 Coríntios 8:7
O amor ao dinheiro manchou o bom nome do cristianismo. Muitas pessoas hoje se consideram pós-cristãs. Foram criadas nos princípios cristãos, mas decidiram abandoná-los porque sentiam que faltava alguma coisa. Às vezes os pós-cristãos, ainda desejosos de encontrar Deus, procuram a Nova Era, o budismo ou o hinduísmo. Vez após outra, aqueles que sentem que deixaram o cristianismo para trás o associam com uma organização preocupada especialmente em arrancar dinheiro das pessoas.
A maneira com que a igreja em geral e cada um de nós como cristãos individuais nos relacionamos com o dinheiro é de vital importância.
Para entendermos a situação da maneira correta, precisamos começar com Jesus de Nazaré. Apesar de Ele ser o dono de toda a riqueza do Universo, esvaziou a Si mesmo. Nasceu na pobreza, viveu neste planeta como um homem pobre. Aqueles (e são muitos) que associam o cristianismo com prosperidade financeira têm um problema, não com Jesus, mas com os assim chamados seguidores do Homem da Galileia.
E esse problema é imenso. Assim como os papas medievais viviam no luxo à custa da plebe, os televangelistas (não todos, mas a maioria) vivem com fartura à custa dos apelos que fazem para arrecadar dinheiro. Constroem mansões, voam de um lado para o outro em aviões particulares e se hospedam em suítes presidenciais de hotéis suntuosos e caros. Que afronta à vida e à mensagem de Jesus Cristo! Que decepção para as pessoas que têm os olhos abertos!
O outro lado da história é que a vida e a mensagem de Jesus tocam cada aspecto de nossa vida, incluindo a área muito particular de nosso bolso. A graça, que é Jesus, é generosa, abundante, transbordante; supera qualquer expectativa, ultrapassa a imaginação. Vista em termos comerciais grosseiros, o preço pago por nossa salvação foi incrivelmente arriscado. Mas a graça é amor arriscado.
A graça se enraíza em nossa vida à medida que permitimos ser influenciados por ela dia a dia. Transforma-nos em pessoas repletas do mesmo comportamento amoroso, disposto a se arriscar pelo bem do outro. Nós contribuímos porque é um prazer contribuir, porque temos que contribuir. Não por exigência, mas movidos por uma compulsão interior. Essa é a graça sobre a qual Paulo escreveu aos coríntios – a graça da generosidade. O cristão mesquinho é uma contradição.
Senhor, concede-me hoje a graça da generosidade.